sábado, 9 de outubro de 2010

como fazer chinelos bordados

chinelos bordados - chinelos decorados - chinelos personalizados
As mulheres adoram inovar, quando o assunto é moda e beleza, elas querem sempre alternar o look, inovando dos pés a cabeça. Falando dos pés femininos, nesse artigo você vai aprender como fazer chinelos decorados, é uma boa alternativa, pois você pode abusar da criatividade para fazer os chinelos personalizados.

Você pode fazer os chinelos decorados usando os chinelos comuns, ipanema, havaianas, não é tão dificil fazer os chinelos bordados com miçangas e lantejoulas, além de você criar algo bonito, os chinelos personalizados podem ser algo rentável para você. Se você tem paciência e tempo, é interessante você fazer chinelos decorados para vender.

Como fazer chinelos bordados, decorados e personalizados

Para fazer o chinelo personalizado você vai precisar dos seguintes materiais:
- 1 Chinelo de borracha
- Fio de nylon nº 25 ou 30
- Tesoura
- 24 gramas de pedras grandes azul claro
- 20 gramas de pedras pequenas azul escuro
- 20 gramas de pedras pequenas transparentes
- 1 agulha média
Chinelos bordados, personalizados, decorados - passo a passo
1º – Meça cinco voltas de fio de nylon ao longo da tira do chinelo. Logo em seguida, dê cinco nós na ponta do nylon.

2º – Coloque o nylon na agulha e as pedras na seguinte seqüência: 1 pedra azul clara (costure), 4 pedras azuis escuras (costure cruzando as pedras), na parte de cima, coloque a pedra transparente.
chinelos-bordados
3º – Costure do centro do chinelo para as bordas. Vá fazendo as fores na mesma seqüência. Dê os nós para o lado de cima, evitando o desconforto na hora de calçar.

4º – Quando atingir a borda lateral do chinelo, corte o nylon e dê o nó também para o lado de fora. Para ficar bem firme, coloque um pouco de fogo na ponta do nylon e derreta-o. Cuidado para não se queimar!
chinelos decorados

quarta-feira, 7 de julho de 2010


A origem dos bordados de Viana do Castelo está intimamente ligada aos trabalhos realizados em trajes da região: “ O Traje à Vianesa “ ou “ Traje à Lavradeira”.
Nos nossos dias podemos encontrar muitos e variados trabalhos com bordados de Viana, como atoalhados, sacos de pão, panos de mesa e cómoda, chinelas, etc., no entanto, todos os motivos bordados tiveram origem nos trajes regionais que foram posteriormente transpostos para estes trabalhos.
O traje à lavradeira foi totalmente criado pelas camponesas de algumas freguesias próximas de Viana do Castelo, foram elas que o riscaram, teceram, trabalharam e bordaram.
Os trajes todos decorados com os bordados feitos por estas mulheres do campo, e que diferem de freguesia para freguesia, são usados em dias de festas ou feiras.
Dentro destes bordados podemos distinguir uns mais ricos do que outros, dependendo da classe social a que se referem.
Os mais ricos utilizam algodão “perlé”, por vezes, recamados de lantejoulas, missangas e vidrilhos.
Os bordados de algodão e de lã são muito antigos. Sempre foram utilizados nos trajes das mulheres do campo, nas saias, nas ombreiras, punhos, colarete das camisas, algibeiras e coletes. Estes bordados sempre foram executados com linhas de meia de algodão branco sobre tecido vermelho e, por isso, considerados “pobres”.
“ Os forros “ das saias dos trajes das mulheres são bordados com desenhos de várias silvas.
O traje destas mulheres é também composto por uma camisa que é rente ao pescoço e cobre o corpo todo até ao meio da canela. Esta camisa, tecida no melhor linho branco e puro pelas próprias camponesas, é composta por uma “ fralda” (parte postiça da camisa que da cintura para baixo é de pano diferente). Os ombros e os colarinhos são bordados geralmente com linhas de cor de faiança. As saias são decoradas na parte inferior com tiras de pano que têm uma cor que se identifica com a aldeia da camponesa. Muitas vezes estes “forros” são ainda decorados com uma silva bordada a branco. As saias antigamente não apresentavam nenhum bordado. Só muito mais tarde, a partir da Segunda Guerra Mundial, é que se encontram saias com forros bordados, primeiro com uma silva e depois com duas.
As chinelas de verniz preto que constituem um bonito acessório dos trajes são bordadas com um raminho em algodão.
Além do traje à lavradeira, há ainda, nas freguesias mencionadas, o traje de noiva ou de mordoma, no qual se concentra todo o luxo ornamental.
São as próprias bordadeiras que bordam a sua roupa. Fazem-no, geralmente de improviso, com toda a espontaneidade, inspirando-se na flora e na fauna e quase sempre, no sentimento de amor. O amor parece estar presente em cada ponto do bordado e inspirou grande parte dos motivos e dos símbolos mais característicos dos bordados de Viana.
Os bordados de Viana do Castelo utilizam materiais da própria região e inspiram os seus desenhos na flora e na fauna, pelo que, podem ser considerados um dos bordados tradicionais mais belos e originais do norte de Portugal. As bordadeiras conseguiram transportar para os seus bordados todo o sentimento que lhes vai na alma.

Técnica do bordado de Viana do Castelo
Na região de Viana de Castelo são fabricadas duas espécies de linho; um linho que é urdido com fio de algodão (teia) e tapado com fio de linho (trama) e outro que é um pouco mais fino que é urdido e tapado somente com linho.
A base para estes bordados é sempre um linho grosso caseiro, embora ultimamente as pessoas tendam a substitui-lo por tecidos mais finos.
As linhas de algodão são utilizadas nos bordados de algodão e as mais usadas são as de algodão “perlé”, vulgarmente chamadas linhas de algodão de lustro, pelo seu brilho e solidez de cor.
As cores mais utilizadas são o branco, o vermelho e o azul.
Os bordados de lã utilizam lãs compradas. As bordadeiras por vezes usam determinadas nomenclaturas que se prendem com hábitos muito antigos, por exemplo, chamam lãs de Perre às lãs que vêm do Porto, por originariamente serem utilizadas pelas bordadeiras de Perre. As bordadeiras de Cardielos também chamam frequentemente às lãs compradas, lãs de fora.
Outro material muito utilizado é um cordão de fios dourados que serve para contornar os desenhos e, portanto, dar-lhes mais realce. Nos bordados mais recentes, o fio metálico do cordão que se chama “palhete” ou “treno” (por inicialmente ser constituído por três fios), quase desapareceu, podendo encontrar-se em seu lugar um fio branco.
Antes de começar é necessário todo um trabalho de preparação para realizar este tipo de bordados.
Em primeiro lugar, é necessário estilizar num papel os desenhos que se pretendem bordar, ao que podemos chamar molde do desenho. Em seguida, a bordadeira prende cuidadosamente o molde ao pano que vai servir de suporte e vai picando miudamente com uma agulha fina, aplicando depois por cima com uma boneca de pó de carvão bem fino, no caso do estofo ser branco ou claro; giz e pó com pós de goma se forem de cor escuros. A seguir levanta-se o molde com todo o cuidado para evitar que se desmanchem as formas.
Nas cores escuras deve cobrir-se os desenhos marcados com um pincel envolvido em goma-arábica e alvaiade e nas cores claras, um pincel molhado em tinta nankim.
Apesar desta técnica, existem muitos casos de bordadeiras que desenham directamente sobre o tecido, reproduzindo à vista os motivos.
Muito recentemente, as bordadeiras empregam técnicas menos trabalhosas como o decalque com papel químico.
A operação seguinte consta em contornar os desenhos do bordado a cheio em cor diferente com um ponto cordão, ligando os principais desenhos entre si por ramos, caracóis, silvas e ângulos.
Os bordados com fio de algodão utilizam os pontos abertos, de cadeia, caseados, cheio, cordão, crivo, cruz, engradeado, espinha de peixe dobrado, folha de feto, formiga simples, nozinho, pé de flor, pesponto, atrás, pontinha a direito, pontinhos pequenos, rede, volta, pregas da imprensa, bicos e de galo.
Nos bordados com fios de lã não se emprega o crivo. Os desenhos são cheios com pontos largos lançados na mesma direcção e contíguos. Os pontos mais utilizados são o de pé de flor, o ponto russo, de sombra do avesso, de cordão, de palhete, de formiga, de nós, de espinha, de bicos, de Bolonha, a cavalo de recorte (nos ilhós), de Margarida e outros pontos e fantasia.
O ponto aberto também é muito utilizado para unir conjuntos de fios; o ponto pé de flor é um dos pontos principais dos bordados de Viana do Castelo e consiste em imitar um cordão fininho lançando a agulha um pouco à frente do ponto anterior e fazendo-a sair a meio, ao lado deste.
A nomenclatura de ponto pé de flor ou ponto de haste é dada por ser muito utilizado em bordados que executam pés e hastes de flores. As bordadeiras dão-lhe ainda o nome de ponto de máquina por imitar o ponto que esta faz (a agulha ao mesmo tempo que lança um ponto vai atrás fazer outro dando um efeito de pontos iguais).
Nestes bordados podemos encontrar, por vezes, uma carreira deste ponto no meio de outros como os pontinhos pequenos regularmente distantes uns dos outros, ou pontinhos a direito que são lançados na vertical de uma só vez e apanhando parte do tecido.
Para prenderem melhor o cordão, palhete ou fio dourado, as bordadeiras usam o fio de nó que também, por vezes, é utilizado no enchimento dos desenhos.
O ponto formiga é constituído por duas carreiras de pequenos pontos, paralelas e alternadas, que são trespassadas por outra linha de cor diferente em ziguezague. No final obtém-se um aspecto geral de ondas.
O ponto de espinha de peixe lembra a espinha destes animais e consiste em pontos oblíquos, cruzando-se quase nas extremidades.
O ponto de espinha de peixe dobrado é o mesmo ponto de espinha executado nos intervalos deste.
O caseado chama-se assim ou de recorte porque fica junto ao corte que se faz para o remate das casas dos botões no caso de trajes, e só é usado neste caso.
O ponto nozinho é um ponto em forma de nó em que a agulha enrola várias vezes à volta de si mesma a linha, puxando a linha e dando um aspecto de nozinho.
O ponto de crivo é muito utilizado no interior dos motivos, mas trata-se de um crivo muito simples que nem sequer é tecido.
Os motivos dos bordados de Viana do Castelo são baseados em motivos da fauna e da flora da região, bem como da vida quotidiana das camponesas minhotas
São: corações (contornados com ponto pé de flor, e baseado no sentido metafórico que as camponesas dão ao “cofre amoroso” pelo que bordam junto uma chave), folhas de trevo, de hera, morango, videira e carvalho (sempre estilizadas), chaves (estilização da chave de uma fechadura), cruzes (a cruz de Cristo bordada com o ponto de cruz, já usada nos lenços da mão), passarinhos, ângulos (linhas quebradas ou curvas que unem determinados motivos), japoneiras (estilização da flor da cameleira), silvas (linha recta ou curva de onde saem pequeninas folhas), vasos (estilizações de vasos de plantas), asas (pequenas argolas que rematavam o bordado de antigas camisas), botõezinhos (pequenas golas bordadas a cordão ou a cheio), caracol (linhas em espiral feitas com ponto de cordão), furinhos (pequenos buracos caseados também chamados ilhós), molhinhos (conjunto de pontos lançados em grupo de dois, sendo cada grupo cortado a meio por um ponto lançado na horizontal), murinhos (pontos de formiga que imitam um muro), pintinhas fechadas (bolas pequenas bordadas a cheio), trinca – fios (linhas quebradas com pontos a direito), rosas, cachos de uvas (cachos de uvas estilizados por uma série de círculos.
As camponesas minhotas são mulheres com uma sensibilidade artística que lhes permite improvisar composições originais que reflectem as suas próprias vivências.
Em geral, os bordados com fio de algodão aparecem em simetria quaternária.
Nos bordados das lãs, as composições são geralmente simetrias binárias ou assimétricas.
A bordadeira, nas suas composições, não se preocupa com o rigor da verdade, isto é, podemos encontrar com frequência, por exemplo, desenhos de rosas com folhas de videira, mas o que importa é obter conjuntos que agradem e sejam harmoniosos.

Géneros de Bordados
Apesar de a famosa arte de bordar nisense ser aplicada em vários géneros de bordados, é sem dúvida nos admiráveis e famosos “Alinhavados de Nisa”, que fica patente, no seu expoente máximo, toda a sua qualidade artística e originalidade. De facto – espécie única em todo o país, provavelmente herdeira dos bordados a branco difundidos a partir de Itália para toda a Europa, no século XV, ou mesmo antes, e aprendidos em casas fidalgas pelas mulheres que aí trabalhavam e que lhes imprimiam um cunho pessoal, passando assim de eruditos a populares – os Alinhavados são de facto verdadeiras obras de arte de uma criatividade, rigor e beleza incontestáveis.
Mas como se disse, nem só nos alinhavados se expressou este labor artístico, estando o mesma também patente nos maravilhosos xailes, frioleiras, cobertores ou coberjões bordados, nas rendas de bilros e de agulhas, nas aplicações em feltro... 







Pormenor de mão de bordadeira, executando um alinhavado.

Pormenor de toalha em alinhavado (caramelo - estilo antigo), com renda de bilros na extremidade.

Xaile tradicional bordado a ponto de cadeia.



Alinhavados
Também conhecidos por desfiados, ramos de pano (devido aos desenhos de ramos, muito comuns) ou caramelos (nomenclatura aplicada aos bordados antigos), os alinhavados de Nisa, são o ex-líbris da arte nisense de bordar.

Executado em pano de linho ou alinhado (composto de linho e algodão), ou mesmo em pano cru (no caso das bordadeiras mais pobres) este é um bordado branco, no qual são retirados os fios necessários da trama do pano (normalmente são retirados o dobro dos fios que se deixam), por forma a ficar em aberto o fundo do desenho, sendo os restantes fios guarnecidos a ponto de crivo. O traçado do desenho é todo limitado a ponto de cordão, ou seja, caseado, e o crivo é composto por feixes de fios muitíssimo bem enrolados (particularidade do crivo nisense), tornando-se o bordado muito robusto e resistente, daí advindo o famoso ditado popular acaba-se o pano, mas fica o bordado.

No caso dos bordados mais antigos, os tais caramelos, de tipo geometrizado ou de crivo olho de rola, não há tecido por desfiar, e as figuras são executadas através do preenchimento das quadrículas que formam o desenho com ponto de passagem.
Provavelmente, por, em tempos remotos, não haver acesso a papel químico para decalque na Vila ou nas redondezas, os motivos, ou desenhos, eram recortados em papel e alinhavados ao tecido, pregando-se com alfinetes a composição sobre uma almofada, donde se começava a tirar os fio e a bordar o crivo e os recortes.

Mas se antigamente os motivos eram muito variados, abrangendo figuras humanas, animais, cruzes de Cristo, formas geométricas, florões, flores e folhas, hoje em dia apenas se utilizam os motivos florais.

Aplicados em vários tipos de peças, os alinhavados ocupam normalmente todo o pano nos almofadões, centros de mesa e outros panos semelhantes, e aparecem principalmente nas extremidades das colchas, lençóis, fronhas, toalhas de mesa e de rosto, bases de copos, panos do pão e peças de roupa, grande parte das vezes associados às rendas de bilros.






Xailes
Peças essenciais do traje tradicional de Nisa, são por isso das mais importantes do artesanato nisense. Executados numa técnica idêntica à dos cobertores, mas em tecido merino – antigamente de lã e hoje de fibra –, existem xailes pretos e brancos, sendo este últimos mais usados durante o Carnaval, acompanhados da respectiva saia de feltro vermelho, constituída por um rameado preto, também ele em feltro.

Para bordar estas obras de arte são necessários o tecido (em forma de quadrado, e que depois de cortado ao meio adquire a forma de triângulo) linhas de uma ou mais cores, agulha, tesoura, dedal e papel químico, através do qual se passa para o pano o desenho que se vai bordar. No final, faz-se o remate dos xaile em lã, com uma agulha de croché, mas a peça só fica completamente terminada com a execução das lérias, ou franjas de rabinho de gato, assim conhecidas por formarem um relevo e serem muito macias. 









Coberjões ou Cobertores Bordados
São um marco na história nisense, fazendo inevitavelmente parte integrante dos enxovais das raparigas até há umas décadas atrás. Trabalho grandioso, que implica muitas horas de dedicação e em que os olhos cansados são uma constante, estes tradicionais cobertores, de feltro preto ou branco, bordados à mão com fios matizados, empregam motivos tradicionais comuns aos da olaria: flora local.

Quanto à técnica, utiliza-se na sua confecção o ponto de fio torcido ou pé de flor, o ponto cheio e os nozinhos, que tal como as cores, são usados consoante o gosto e a sensibilidade artística da executante. Depois do trabalho concluído, faz-se um caseado em toda a volta do cobertor por forma a rematá-lo.

Para a sua elaboração são necessários pelo menos dois metros e meio de feltro, muitas linhas de bordar, tesoura, agulha, dedal e o inevitável papel químico, para passar o desenho para o pano. 









Aplicações em Feltro
Muito típicas de Nisa – presentes nos tradicionais cobertores de faixa, nas saias de camilha, nos centros de mesa, mas também nas pegas de cozinha, em casacos, capas e cortinados – as aplicações em feltro constituem uma das mais antigas formas de bordar, muito associada aos centros produtores de lã, nomeadamente da zona da Serra da Estrela em particular e das Beiras em geral, onde se destacam os capotes dos pastores.
Nisa sofre esta influência, uma vez que a venda de lã e de baeta vinda dessa zona era prática muito antiga nos mercados.

Podendo ser executadas à mão, é também comum utilizar-se a máquina de costura para a sua confecção: alinhavam-se duas partes de feltro de cores diferentes sobrepostas com o papel vegetal, onde se encontra o desenho, recorta-se cuidadosamente o tecido à volta do ponto e obtém-se uma peça revestida de relevo. Os motivos mais frequentes dos desenhos são as flores, as parras, todo o tipo de folhas, cachos de uvas e outros relativos à flora local.







Rendas de Agulhas
As rendas de agulhas eram especialmente usadas na confecção de colchas que levavam anos a compor. Estas colchas, geralmente, só eram usadas em dias de festa, casamentos e baptizados. 










Renda de Bilros
Renda muito minuciosa, cuja confecção desperta o olhar mas também os ouvidos do espectador, através do som único provocado pelo trocar dos bilros de madeira. É feita sobre um rebolo, espécie de almofada bem cheia de palha, assente num cavalete, e na qual se fixa o pico (papel forte que apresenta o picotado do desenho que se vai bordar), enrolando-se os fios presos aos bilros à volta de alfinetes pregados. Esta renda é aplicada à volta de panos vários, como cabeceiras de lençóis, fronhas de almofadas, mas também nela se fazem peças inteiras, como centros e toalhas de mesa, napperons, etc..









Frioleiras
As frioleiras, também conhecidas como rendas de espiguilha, são feitas directamente com os dedos e com uma navete (agulha), em tecido de linho ou feltro. Deste gesticular de mãos resultam trabalhos como golas para blusas, argolas para guardanapos, bases de copos e tabuleiros, fitas para finalistas, almofadinhas de cheiro, saboneteiras, saquinhos para lenços de papel, etc.. Quanto à técnica, enche-se a agulha com a linha, que dá a volta aos dedos da mão esquerda, trabalhando a mão direita com a navete. Esta agulha vai à mão esquerda inúmeras vezes, formando assim um caseado de que resulta a peça que se deseja. No que respeita aos famosos quadros de frioleiras, executam-se procedendo-se à colagem das peças já bordadas com a ajuda de uma pequena tesoura de bicos afiados.